30 de Abril de 2025
O Grande apagão europeu de abril de 2025: impactos, causas e lições para o futuro
No dia 28 de abril de 2025, a Europa testemunhou um dos maiores apagões de sua história recente, afetando milhões de pessoas em Portugal, Espanha, Andorra e partes do sul da França. Este evento sem precedentes expôs vulnerabilidades críticas nas infraestruturas energéticas e levantou questões sobre a resiliência dos sistemas elétricos diante de desafios contemporâneos.
O Que Aconteceu?
Impactos Imediatos

Investigação e Possíveis Causas
As causas exatas do apagão ainda estão sob investigação. Inicialmente, descartou-se a hipótese de ciberataque. Algumas teorias sugerem que um excesso de energia renovável, especialmente solar, pode ter contribuído para o colapso devido à sua volatilidade.  
Além disso, a Red Eléctrica de España havia alertado em fevereiro de 2024 sobre os riscos de “desconexões de geração” devido à alta penetração de energias renováveis sem a capacidade técnica adequada para responder a perturbações no sistema.
Restauração e Medidas Adotadas
A recuperação do fornecimento elétrico começou na tarde do mesmo dia. Em Portugal, a eletricidade foi gradualmente restabelecida a partir das 17h, utilizando energia hidrelétrica e a central a gás natural de Tapada do Outeiro, com a rede totalmente restaurada até o dia 29 de abril.
Na Espanha, a Red Eléctrica estimou entre seis e dez horas para restabelecer o serviço, com a energia sendo progressivamente retomada em várias regiões. A interconexão com a rede elétrica europeia foi restabelecida, e medidas de emergência, como o uso de geradores em hospitais, foram implementadas.


Lições e Perspectivas Futuras
O apagão evidenciou a fragilidade das infraestruturas energéticas frente à crescente dependência de fontes renováveis e à falta de interconexões robustas entre os países europeus. A Comissão Europeia tem promovido o fortalecimento dessas conexões para melhorar a segurança energética e reduzir dependências externas.
Este evento serve como um alerta para a necessidade de investimentos em infraestrutura, diversificação de fontes de energia e desenvolvimento de sistemas mais resilientes e interconectados, capazes de lidar com as demandas e desafios do século XXI.

